ABUSO SEXUAL
Em agosto de 1993 o jovem Jordan Chandler, de 13 anos, representado pelo advogado civil Larry Feldman, acusou Michael de abuso sexual. As declarações, feitas à imprensa, nunca foram entregues à Justiça e, por consequência, o astro não chegou a ser indiciado pelo crime. Apesar disso, o promotor distrital Tom Sneddon deu início a investigações paralelas no final do mês pelo condado de Santa Ynez, residência oficial de Jackson.
As acusações geraram frenesi em todo o mundo. Michael cancelou o seguimento da turnê do álbum Dangerous em outubro, pouco antes de deixar o México a caminho dos Estados Unidos. Durante uma semana daquele mês não se soube o paradeiro do astro. Ele reapareceu internado aos cuidados do terapeuta Beauchamp Colclough, na Irlanda do Norte, em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos alegando a necessidade de se restabelecer de um vício em analgésicos.
Michael se pronunciou sobre as alegações pela primeira vez em dezembro de 1993, durante um comunicado transmitido simultaneamente pelas redes CNN, CBS, NBC e ABC, ao vivo do rancho Neverland. Ele se defendeu, afirmando ser incapaz de "causar mal a uma criança".
Depois de seis meses de negociações, contra a vontade do cantor e do seu advogado, a companhia de seguros daquele fechou um acordo de confidencialidade com o dentista Evan Chandler, pai de Jordan que o acusava. Especula-se que a família tenha embolsado quase 15 milhões de dólares. As investigações paralelas da Justiça foram arquivadas em 1994 por falta de provas. Com o acordo, o único reclamante se recusava a colaborar.
Em 1996 Evan processou-o novamente, alegando que Michael teria violado os termos da acção civil, quando publicamente afirmou nunca ter abusado sexualmente do garoto. Neste novo processo, Chandler referiu-se ao álbum HIStory, bem como a uma entrevista que Michael deu a Diane Sawyer. O pedido abrangia uma indenização no valor de 60 milhões de dólares.
RELACIONAMENTOS
As relações pessoais de Michael Jackson têm sido objecto de público e atenção da mídia por várias décadas. A introdução do cantor pop norte-americano foi feita quando ele tinha nove anos no The Jackson 5. Ele e seus irmãos frequentavam clubes de strip, partilhando o palco com strippers femininas e drag queens. As aventuras sexuais que os seus irmãos o influenciavam a fazer, afetaram o início da vida de Jackson, assim como suas próprias experiências com fãs e prostitutas. A vida amorosa de Michael, era algo praticamente nulo, até começar seu primeiro relacionamento, com a jovem e atriz Tatum O'Neal, com quem ele se envolveu na adolescência na década de 1970. O casal, eventualmente "esfriou", e Jackson entrou em um romance com a modelo Brooke Shields. A relação não era sexual de acordo com a modelo, mas tiveram uma forte amizade. Como Jackson e Shields cresceram, os dois se viam menos e, posteriormente, perderam o contato em 1991.
Michael conheceu Lisa Marie Presley (filha de Elvis Presley) em 1974 (época em que ele tinha 17 anos e ela 6 anos, Posteriormente em 1993, os dois se envolveram e começaram a namorar. Pouco depois de envolver-se com Lisa Marie, Jackson se tornou o assunto do que viria a ser seu primeiro conjunto de acusações de abuso sexual infantil, com alegações semelhantes mais tarde a serem feitas em 2003. Porém, Lisa Marie apoiou Jackson no caso, nesta mesma época Jackson começa a se tornar dependente de medicações para dor. Em um telefonema Jackson propós casamento a Lisa. Ela concordou e os dois se casaram em 26 de maio de 1994, em uma cerimônia privada na República Dominicana. A vida de casados para o casal foi difícil, pois eles tiveram desentendimentos freqüentes. O termino da união acabou com o divórcio em agosto de 1996, apesar de Jackson e Lisa permanecerem amigos.
Ao longo de sua união com Lisa, Jackson tinha uma amizade secreta com Debbie Rowe, que era sua assistente dermatologica, que tratava a aparência do astro desde meados da década de 1980. Embora Michael estivesse já separado de Lisa, mas não divorciado, Jackson engravidou Rowe mas ela sofreu um aborto espontâneo e perdeu o seu bebê em março de 1996. Após a provação e seu primeiro divórcio ser finalizado, o pop star teve um relacionamento com Rowe e se uniram em 13 de novembro de 1996, em Sydney, Austrália. Desde o casamento, os dois primeiros dos três filhos de Jackson foram concebidos: o filho Prince Michael Jackson (nascido em 13 de fevereiro de 1997) e Paris Michael Katherine Jackson (nascida em 3 de abril de 1998). O casal se divorciou em 8 de outubro de 1999, com Rowe dando direito a custódia total das crianças a Jackson. O terceiro e último filho do cantor, Prince Michael Jackson II, nasceu de uma mãe anônima em 21 de fevereiro de 2002.
VISUAL
A aparência de Michael Joseph Jackson (1958-2009) sempre foi tema de controvérsia familiar e na mídia. Os boatos sobre a vaidade e a aparência do cantor sempre eram acompanhados com especulações sobre a sua saúde mental e física, mas foi na década de 1980 que os boatos se espalharam e a vida profissional de Michael deixou de ser o suficiente para os jornais e revistas de todo o mundo. A partir de 1980, notava-se que a pele de Michael Jackson estava cada vez mais clara, seu nariz já não possuia o formato de nascença e o cantor vinha perdendo muito peso.
Em meados dos anos 1980, Michael foi diagnosticado com vitiligo e lupus - o que explicava o tom de pele - ele fazia uso de maquiagem para cobrir a pele em aparições públicas.[1] Os tabloides norte-americanos passaram a divulgar matérias sobre a vida pessoal de Michael e chegaram a o acusar de reconstruir os olhos, modificar os lábios e a testa e financiar uma Rinoplastia.[2] Segundo os tabloides, os amigos do cantor declararam que ele havia realizado várias cirurgias e processos de reconstrução facial. Durante este período especulações sobre a saúde do cantor também se tornaram constantes e a imagem pública de Michael foi um tanto degradaga pela mídia mundial, como no Caso Jordan Chandler.
Durante a década de 1990, a aparência de Michael chamava cada vez mais a atenção da mídia e a sua saúde também não parecia normal. Especulava-se que Michael estava se tornando dependente de medicamentos, principalmente sedativos e analgésicos fortíssimos. Porém Michael se recuperou com a ajuda de sua amiga Elizabeth Taylor e do cantor britânico Elton John.[3]
Durante os anos 2000, Michael e seus irmãos revelaram várias vezes os abusos que seu pai cometia na era do Jackson Five. Michael evitava tocar no assunto pois considerava o fato constrangedor. Quando Michael foi acusado de abuso sexual contra crianças em 2003, especialistas diagnosticaram que a mente de Michael se encaixava no padrão da mente de uma criança de 10 anos..
A pele de Michael Jackson era naturalmente negra durante sua juventude, mas a partir dos anos 1980 sua pele foi se tornando cada vez mais clara e pálida. Essas alterações na pele de Michael ganharam rapidamente a atenção da mídia. Segundo a biografia não oficial de J. Randy Taraborrelli, Michael foi diagnosticado com vitiligo e lúpus em 1986, embora fotos dos anos 1970 já mostrem manchas de vitiligo na pele do cantor. As doenças causaram sensibilidade de Jackson a luz solar. Jackson fez uso de alguns produtos para retardar os efeitos do vitiligo, como tretinoína. Michael também fez uso de hidroxicloroquina no couro cabeludo regularmente.
Em Fevereiro de 1993, Michael Jackson concedeu uma entrevista de 90 minutos a apresentadora Oprah Winfrey, sendo sua primeira entrevista desde 1979. Durante esta entrevista, Michael negou as acusações sobre seu clareamento artificial de pele e revelou possuir vitiligo, o que causou furor no público, pois todos achavam até aquele momento, que Jackson estava negando sua raça. A revelação também chamou a atenção da população para a doença que até então era pouco conheçida.
Poucas pessoas, exceto os médicos e aquelas que já tiveram a doença, já tinham ouvido o termo "vitiligo" até que Michael Jackson revelou no início da década de 1990 que a doença estava por trás da sua mudança de pele negra para branca. |
— Lee Thomas, apresentador de TV uma afiliada local da Fox Broadcasting Company, nos Estados Unidos.
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A entrevista contou com uma audiência de 62 milhões de americanos.[6]
Durante a era HIStory, Jackson casou com a enfermeira Debbie Rowe, auxiliar de dermatologista que estava tratando de sua pele. O casamento durou 3 anos.
A forma do rosto de Michael havia mudado muito e vários jornais especulavam sobre suas cirurgias no nariz e nos lábios. Segundo a biografia não oficial de J. Randy Taraborrelli, em 1979, Jackson fez sua primeira rinoplastia após quebrar o nariz durante um acidente num ensaio, porém a cirurgia não foi completamente um sucesso e Michael passou a se queixar da dificuldade respiratória e das dores no nariz. Michael teve de realizar uma segunda rinoplastia em 1980.[7] Em sua autobiografia, Moonwalk, Jackson revela fatos sobre suas rinoplastias e sobre outras cirugias.
Em seu livro, Jackson atribuiu as mudanças na estrutura do seu rosto à puberdade, às dietas vegetarianas e à perda de peso. Em 1984, Michael sofreu um acidente enquanto gravava um comercial para a Pepsi. O cabelo do astro foi incendiado por fogos de artifício. Ele teve queimaduras de segundo grau no couro cabeludo. Durante as entrevistas do documentário Living with Michael Jackson, o astro revelou que teve que fazer cirurgias para reparar seu rosto depois do acidente. Porém devido a edição sensacionalista do documentário essa parte da entrevista não foi ao ar, indo somente no documentário-resposta Take Two, que mostrava todo o sistema desonesto de edição do jornalista Martin Bashir.
Em junho de 1992, o tabloide Daily Mirror publicou uma imagem inteira de primeira página do rosto de Jackson e o descreveu como "terrívelmente desfigurado" por cirurgias plásticas. Jackson processou o tabloide e em 1998 eles entraram em acordo com a família do cantor.
Jackson começou a perder peso no início da década de 1980 devido a sua dieta para alcançar o que ele chamava de "corpo de dançarino". Ainda segundo J. Randy Taraborrelli, biografo não oficial, em 1984 Michael havia perdido 9,1 kg e estava com peso de 48 kg e altura de 1,80 m (corpo muito magro). Os tabloides especulavam que ele estava sofrendo de anorexia nervosa, outro fato desmentido pelo cantor em sua própria biografia. Na mesma biografia, ele revolou que não gostava de comer e pessoas próximas como sua mãe e cozinheira, e as estrelas Elizabeth Taylor e Diana Ross tinham que ficar insistindo até que ele se alimentasse. Ele também revelou que perdia até quatro quilos em cada show que fazia, e que quando ficava focado em algum projeto não conseguia comer ou dormir. Como nas gravações do álbum Dangerous, que Jackson ficou praticamente quatro dias sem comer e dormir direito, segundo um dos produtores do álbum, Bill Bottrell.
Eu sou viciado em trabalho. |
— Michael Jackson
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Na sequência de acusações de abuso infantil em 1993, Jackson parou de comer e perdeu ainda mais peso. Agora sua mudança física estava inteiramente relacionada aos problemas do astro pop. No final de 1995, Jackson foi levado às pressas para um hospital depois de desmaiar durante os ensaios para um programa de televisão (que foi posteriormente anulado), o incidente foi causado por um ataque de estresse. Segundo uma das coreógrafas do especial, Jackson ensaiva intensamente sem fazer intervalos para comer ou descançar. A BBC informou que durante o seu julgamento de 2005, o cantor sofreu novamente de doenças relacionadas ao estresse e à perda de peso grave.
Com o passar dos anos, Jackson passou a ter crises graves de insônia e ficava vários dias sem dormir.
Jackson passou mal e teve uma parada cardiorrespiratória após seu médico, Conrad Murrey, injetar uma quantidade elevada de sedativos no cantor. Michael Jackson veio a falecer em 25 de junho de 2009 no hospital da UCLA de Los Angeles. Após sua morte, o relatório de autópsia revelou que Michael tinha um coração forte e era "bastante saudável", além de confirmar as doenças de pele do cantor, antes já explicadas pelo mesmo. Segundo a BBC, o peso dele estava na faixa aceitável para um homem da sua estatura